Não me lembro de despertar sem ser com o celular. Algumas vezes era minha mãe que me acordava, mas na maioria era um Samsung que tive quando os celulares ainda eram novidade. Provavelmente nunca usei um despertador de verdade.
A música tocando não quer dizer que irei acordar. Já desliguei sem lembrar. Deixei tocar até acabar a bateria. E, principalmente, me convenci a continuar dormindo. Aliás, sou bom nisso.
Sei convencer a mim mesmo melhor do que qualquer pessoa. Tenho argumentos que não consigo derrubar. E agora, desempregado, ficou ainda mais fácil.
É como um tribunal onde sou o advogado, o juiz e até o escrivão. Hoje, inclusive, o promotor apelou para o clichê “Deus ajuda quem cedo madruga”. A defesa alegou que o horário não combinava com a palavra cedo. Eles começaram a discutir. O juiz bateu o martelo.
Virei para o outro lado e voltei a dormir.
A batalha dos Deuses – O jogo
Há 4 semanas
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