Já passa das 9 da noite, ele continua a andar pela rua a procura de alguém. Prometeu para si mesmo que essa noite não dorme sozinho, e se esforça para isso.
Entra em uma avenida, cheia de barzinhos, e caminha pela calçada. Muitas mulheres olham para ele, mas reconhece quando não querem nada além de uma passada de mão.
Olha discretamente para o outro lado da rua e, em frente a uma vitrine, avista a sua presa. "Adoro as castanhas", pensa. Atravessa a rua sem problemas. Afinal, o congestionamento é tanto, que os carros estão parados.
Chega ao outro lado e pára frente a ela. Que o olha de cima a baixo passando a língua nos lábios, sensualmente. "Ela cheira a sexo", pensa. Dá a volta devagar e a abraça por trás. Ela reclama um pouco, mas logo pára.
Ele não se controla, vai além do que os bons costumes deixam, ali mesmo, na rua. Parece esquecer os bares lotados na outra calçada e dos carros na rua. Mas não esqueceu, é assim que ele gosta, é assim que se satisfaz. Depravado.
Passa um casal pela calçada e olha. A mulher fica enojada, o homem acha engraçado.
“Que olhem, que olhem".
Ela geme alto. Ele acaba o que queria. Olha em volta e vê algumas pessoas observando. Uma criança aponta de dentro de um carro, rindo.
“Ai, ai. Como é bom ser cachorro", pensa.
A batalha dos Deuses – O jogo
Há 4 semanas
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