quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Em uma praça

Ela sentou no mesmo banco que ele, mas ainda mantendo distância.

Ele olhou e sorriu, sem saber que sorria. Com tantos outros bancos vagos, ela sentou logo no mesmo. Mas longe o bastante para não demonstrar arrependimento.

Ela havia errado, havia exagerado, e agora sabia disso. Que havia feito besteira. Mas seu orgulho era demais para pedir desculpas.

Ele notou o arrependimento no olhar dela. Notou os braços que se abraçavam por não saber o que fazer. Notou principalmente o cabelo, que ela tanto cuidava, desarrumado.

Ela levantou os olhos e encontrou os dele em resposta. Abriu a boca, mas a voz nem da garganta saiu.

Ele riu, sem malicia. Moveu um pouco para o lado e passou o braço por cima dos ombros dela.

Ela enfiou o rosto na camisa dele, o abraçou, e chorou.

Eles ficaram ali. Pouco tempo ou muito tempo, eles discordariam. Ele descreveria como minutos. Ela, como horas.

Até que, ainda rindo, ele afastou o abraço dela e se levantou. Tirou a carteira do bolso e caminhou pelo parque. Um pouco envergonhado por dar o braço a torcer.

Ela ganhou. E sabia disso. Limpou as lágrimas e continuou sentada. Comemorando enquando assistia seu pai procurar outro balão para comprar.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. A gente toda romântica aqui, imaginando uma trilha sonora FERA tipo Love Story Theme e...

    RÁ-PEGADINHA-DO-MALANDRO!

    E que pegadinha FOFA!

    =)

    vicke vaporubb

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  3. ki legal risos)...eu pensando que era ...Eu te amoooooooooo

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